Hoje removí dos meus perfis mais de cinquenta pessoas, incluindo a minha filha.
Não eram pessoas más, porém não tinham amizade por mim pois sequer conversavam comigo! Amigos não são aqueles que te dizem "oi" quando te encontram na rua e sim aqueles com quem você pode contar nas horas dos infortúnios para te dar um alento. Devemos ter em nossos perfis pessoas a quem amamos, por quem sintamos alguma admiração ou alguém a quem desejemos manter por perto pelo carinho e consideração que nos dedicam. Infelizmente essas pessoas deixavam muito a desejar nesse sentido .
Porém já faz um tempo que decidí ser eu mesma e manter minha autenticidade por mais que isso choque o mundo! Pouco me importa o juízo que fazem de mim por ter a consciência tranquila. Sei o que sou e o porque de ser assim e sei também que ninguém se importa com minhas alegrias e desilusões a não ser eu mesma e uns poucos. Minhas angústias só perturbam a mim mesma! Ninguém viveu ou vive a minha vida por mim! Por isso pouco me importa o que digam ou pensem a meu respeito. Poucos são os que me ligam ou me mandam uma mensagem quando sentem minha agonia!
Tenho descoberto que as coisas não funcionam como a gente espera quando planejamos o futuro e que as pessoas, inclusive nossos filhos, não se tornam o que esperamos e não vivem em função dos nossos planos, pois tem vida própria. Sofro a solidão mesmo dentro de casa, onde nada mais sou do que a mãe, ser que tem o dever de cuidar de todos e de manter tudo em ordem. Isso não significa que meus filhos não me amem! Amam tanto que às vezes os papeis se invertem e eles querem mandar em mim e me obrigar a ser do jeito que eles desejam, a conviver apenas com quem eles desejam que eu conviva e a fazer apenas o que eles querem. Amam sim, mas estão muito ocupados vivendo suas próprias vidas! Nada tenho contra isso mas vejo-me na obrigação moral de também tentar viver a minha, de ter minhas próprias amizades e de ao menos tentar ser feliz do melhor maneira possível. Se não tenho amigos e preciso viver na solidão, que seja! Que a vida me traga novas oportunidades e novos amigos, verdadeiros apesar dos defeitos, mas que tenham a sensibilidade de "escutar" os apelos de um coração solitário e angustiado quando se fizer necessário. Aos amigos que ficaram, espero que o carinho que demonstrei ao mantê-los seja recompensado da melhor maneira possível com pequenas demonstrações de amizade e companheirismo, para que eu não me sinta obrigada a excluí-los também, no decorrer do percurso. Quanto aos excluídos e ao resto do mundo, quero que saibam que estou sempre aberta às novas amizades, desde que sejam verdadeiras e demonstradas continuamente!